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Profissional da saúde: vale a pena atender por convênio?

Tanto para profissionais de saúde mais experientes quanto para os recém-formados, há duas maneiras simples de conseguir um bom “salário” no final do mês: agendar consultas particulares ou atender por convênio.  

Os convênios, aliás, são ótimas opções para quem deseja ter uma agenda lotada, com ganhos recorrentes e uma gama bastante variada de pacientes. No entanto, antes de assumir um compromisso como este, é preciso pesar os prós e contras de se vincular a tais empresas. 

No artigo abaixo falaremos um pouco mais sobre o que são e como funcionam os convênios, além de trazer informações que possam lhe auxiliar na hora de tomar uma decisão sobre o assunto. Portanto, fique com a gente por mais alguns minutos e boa leitura! 

Afinal, o que é um convênio?

De modo geral, os convênios são serviços oferecidos por operadoras de saúde para seus clientes, com o objetivo de que os mesmos tenham acesso a consultas, exames e demais procedimentos por um valor mais baixo do que o cobrado no particular.  

Tais serviços podem englobar, por exemplo, atendimentos de psicólogos, médicos, nutricionistas e fisioterapeutas, no caso de convênios médicos, ou de dentistas, no caso de convênios odontológicos. 

Para utilizarem os benefícios desta modalidade, os pacientes devem pagar um valor determinado mensalmente para a operadora, tendo assim, acesso aos profissionais credenciados. Em suma, existem quatro tipos principais de convênio, sendo eles: 

  • Individual: onde o contrato é feito pelo indivíduo diretamente com a operadora; 
  • Familiar: onde um contrato é feito pelo indivíduo para si mesmo, podendo adicionar membros da família; 
  • Empresarial: neste caso, a empresa oferece aos seus funcionários o convênio com a operadora, onde os valores das consultas e procedimentos podem ser 100% arcados pela mesma ou divididos, o que chamamos de coparticipação; 
  • Coletivo por adesão: convênio contratado por um grupo ou associação de pessoas, como um sindicato, por exemplo. 

Como os convênios surgiram?

Para falarmos sobre convênios de saúde precisamos voltar na década de 20. Foi nesse período que, nos Estados Unidos, as primeiras empresas passaram a se preocupar, de forma efetiva, com a qualidade de vida de seus funcionários. 

Como o estado não garantia atendimento capaz de suprir as necessidades clínicas dos cidadãos, algumas multinacionais começaram a utilizar recursos próprios para tal finalidade. 

Passaram-se anos até que essa ideia chegasse ao Brasil onde, em 1988, a constituição estabeleceu que a saúde era um direito de todos os indivíduos. Na sequência, empresas privadas puderam, finalmente, oferecer serviços de assistência médica, sob o controle do Estado. 

Entretanto, foi apenas em 1999, com a criação da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que regras foram definidas para o setor e os profissionais puderam, enfim, passar a atender por convênio. 

Como atender por convênio?

Para que um profissional de saúde passe a atender por convênio é preciso, antes de mais nada, que ele solicite sua inclusão na lista de especialistas da rede credenciada da operadora. Este credenciamento, aliás, pode ser realizado tanto como Pessoa Física quanto Jurídica.  

Mas, claro, como todo plano/convênio deseja oferecer o melhor aos seus clientes, há uma espécie de “filtragem” dos cadastramentos. Logo, é necessário preencher uma ficha técnica, além de enviar uma carta que formalize o seu interesse no processo. 

Mas, será que trabalhar com convênio vale a pena? 

Bem, antes de chegarmos a uma conclusão sobre o assunto é preciso entender algumas diferenças básicas entre atender por convênio e de forma particular.  

A primeira delas é que quem opta por focar nas consultas particulares tende a conseguir uma receita mensal maior. Isso porque, não é preciso deixar uma porcentagem dos ganhos no bolso das operadoras de saúde, que recebem pelo encaminhamento dos pacientes. 

No entanto, atender por convênio pode garantir um fluxo maior de clientes, também gerando uma boa renda. Porém, baseada em “quantidade”. 

Difícil decidir qual a melhor opção? Então, confira a seguir alguns prós e contras desta modalidade de atendimento. 

Vantagens de atender por convênio

No geral, podemos citar como as principais vantagens do atendimento através de convênios os seguintes pontos: 

  • Número de pessoas que possuem plano de saúde: segundo dados de 2022 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cerca de 49 milhões de brasileiros possuem convênio médico, quase ¼ da população do país; 
  • Receita recorrente: com a grande quantidade de conveniados, o fluxo de pacientes tende a ser grande, o que garante uma boa receita mensal para o profissional (além de recorrente); 
  • Carteira de pacientes: para quem está iniciando sua jornada profissional, a ligação com convênios de saúde pode ajudar na formação de sua imagem e na criação de uma carteira de pacientes; 
  • Visibilidade: o nome e demais dados do profissional aparecerão nos sites de todos os convênios onde o mesmo é cadastrado, aumentando sua visibilidade de maneira quase orgânica. 

Contras do atendimento por convênio

No entanto, nem tudo são flores. Como pontos negativos do atendimento por convênios podemos citar: 

  • Baixa remuneração: isso porque, os valores repassados aos profissionais por cada consulta são consideravelmente baixos, algo em torno de R$15. Logo, é preciso trabalhar dobrado para garantir um salário atrativo no final do mês; 
  • Consultas mais curtas: como o valor é baixo, é preciso diminuir o tempo de consulta para garantir um número maior de atendimentos diários. Por vezes, claro, isso pode prejudicar a qualidade do atendimento ou a análise do quadro do paciente; 
  • Carga de trabalho exaustiva: como uma coisa puxa a outra, ao atender mais pacientes visando um aumento nos ganhos, o profissional pode sofrer de exaustão, o que impacta diretamente em sua saúde mental e física. 

O que pode facilitar a adesão a tal sistema é optar por trabalhar de forma híbrida. Ou seja, atender tanto particular quanto por convênio.

Por fim, é preciso pesar todos estes pontos antes de tomar uma decisão sobre o tipo de atendimento que você, como profissional, deseja oferecer. No geral, com um pouco de planejamento, é possível se sair bem monetariamente, sem deixar sua saúde e a qualidade de seu serviço de lado.  

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