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O que é residência médica?

Entrar em uma boa faculdade não é o único passo para quem almeja se tornar médico. Na verdade, podemos afirmar que esse é apenas o início de uma longa e intensa jornada. O motivo? Após seis anos de estudo e com o CRM em mãos, será necessário ingressar em um programa de pós-graduação caso o objetivo seja tornar-se um especialista. Estamos falando da famosa residência médica.  

No entanto, ao contrário de boa parte das especializações de outras áreas, a residência médica é totalmente prática. Ou seja, é um treinamento intensivo que pode durar até cinco anos, exigindo muito empenho e dedicação por parte do profissional. 

Talvez, você possua uma ideia básica sobre o assunto ou já tenha ouviu falar das experiências de outros residentes. Mas, se você deseja conhecer com maiores detalhes como tal processo funciona, continue lendo este artigo especial até o final.  

Compreendendo a residência médica

Como vimos previamente, a residência médica é, além de uma pós-graduação, um treinamento para que profissionais recém-formados na área possam aprender na prática o que envolve as mais diversas especialidades. 

Embora tais profissionais já possuam um diploma e o CRM médico, eles apenas podem prestar atendimento em clínicas, hospitais e consultórios como médicos generalistas, o que limita seu campo de atuação. 

Logo, a residência médica, instituída pelo Decreto nº 80.281/1977, não é obrigatória para exercer a profissão, mas é fundamental para quem deseja obter treinamento qualificado, com o objetivo de tornar-se um especialista. 

Então, não há nenhuma diferença entre um médico e um residente?

De maneira geral, não. Em suma, os residentes são simplesmente médicos que permanecem em formação, trabalhando em hospitais para continuar sua educação e treinamento em um determinado campo da medicina.  

Tais residentes podem exercer a profissão normalmente como clínicos gerais. No entanto, eles escolhem complementar o conhecimento adquirido durante a faculdade com mais alguns anos (entre dois e cinco) de preparação. 

Vale ressaltar que, embora eles já sejam formados, tudo o que fizerem durante a especialização deve ser supervisionado por um médico “sênior”, legalmente designado para isso.  

Neste processo, além de adquirirem competências referentes a área selecionada, os novos profissionais desenvolvem habilidades necessárias para:

  • Trabalhos em laboratório; 
  • Realização de procedimentos médicos; 
  • Atendimento ao paciente; 
  • Controle de qualidade. 

Os médicos residentes também adquirem o que chamamos de “soft skills”. Em outras palavras, habilidades comportamentais que podem lhe ajudar durante toda a sua vida profissional, como: 

  • Boa comunicação; 
  • Resiliência frente as dificuldades e desafios; 
  • Capacidade de trabalhar em equipe; 
  • Alto nível de empatia, para entender os problemas dos pacientes. 

A residência médica é remunerada?

Aqui, encontramos um ponto que difere (e muito) das demais pós-graduações. No caso dos profissionais que fazem residência médica, ao invés de realizar um investimento em dinheiro, recebe-se uma bolsa que, em valores atualizados, corresponde a R$ 4.106,09. 

O motivo para o pagamento da remuneração em questão é simples: ainda que os médicos estejam aprendendo, os mesmos já encontram-se com o diploma em mãos e prestando assistência (supervisionada) aos pacientes, exatamente como fariam em um emprego normal.  

Falando em supervisão, é importante lembrar que, desde o início de 2022, os médicos especialistas que atuam como tutores dos residentes do SUS também recebem uma bolsa pelo tempo investido na preparação de novos profissionais. 

Além disso, é necessário ter em mente que as bolsas citadas acima então em seu valor bruto. Isso porque, todo residente possui filiação com o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) na modalidade de contribuinte individual. Ou seja, ele precisa contribuir, de maneira obrigatória, com a previdência social. 

Qual a carga horária de um residente?

Um residente de medicina trabalha, em média, 60 horas por semana. Ou seja, um total de 12 horas diárias. Também costuma-se realizar um plantão extra de 12 horas durante a noite, totalizando um único período de 24 horas seguidas de atendimento.  

No final de cada plantão, é importante salientar, há a exigência de um período de, ao menos, 6 horas de descanso. Por outro lado, todo residente precisa ter um dia de folga por semana. Assim, fica proibido o trabalho ininterrupto. 

Quais as especialidades mais escolhidas pelos residentes?

Com base na relação candidato/vaga do concurso para residência médica da USP (Universidade de São Paulo) e do SUS SP de 2020, as vagas mais disputadas por médicos que desejam se especializar são: 

  • Neurologia; 
  • Otorrinolaringologia; 
  • Neurologia; 
  • Psiquiatria; 
  • Dermatologia; 
  • Cirurgia geral. 

No entanto, vale lembrar que uma alta concorrência não significa, necessariamente, um número alto de profissionais no mercado. 

Nesse quesito, aliás, quem sai ganhando são as áreas de clínica médica, com cerca de 42 mil especialistas atuando no país, pediatria, com mais de 39 mil profissionais e cirurgia geral, com pouco mais de 30 mil médicos, segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM). 

Como iniciar uma residência médica?

Ao tomar a decisão de ingressar em uma residência médica, é preciso compreender que o processo não é tão simples. Além de escolher entre as inúmeras opções de especializações disponíveis, o profissional precisa realizar uma prova, muito semelhante ao vestibular. 

Do mesmo modo como escolhemos uma universidade/faculdade que nos agrada antes de iniciarmos um curso superior, é necessário optar por uma instituição credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e cumprir quatro etapas diferentes: 

  • Realizar uma avaliação teórica; 
  • Fazer uma prova prática; 
  • Passar por uma análise do currículo; 
  • Participar de uma entrevista. 

Em grande parte dos concursos para residência médica, é preciso enfrentar uma concorrência de mais de 50 candidatos por vaga, o que torna tal processo altamente competitivo.  

Conclusão

Desta forma, entendemos que a residência médica é um dos passos mais importantes para se tornar um profissional de alta competência. Além de um treinamento especializado, o processo fornece aos médicos experiência, conhecimento, habilidades e confiança para trabalharem em uma área tão desafiadora. Afinal, cuidar de pessoas sempre exige nosso melhor! 

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