Como PJ, o médico tem uma série de benefícios legais para pagar menos impostos, aumentando a rentabilidade. Por isso, muitos profissionais da saúde estão migrando a forma de atendimento em consultórios terceirizados, para a sua própria empresa.
Assim, quando médico se torna uma pessoa jurídica, com a empresa constituída, as vantagens são grandes, mas alguns cuidados precisam ser tomados para evitar dores de cabeça na hora de fechar contratos.
Por isso, separamos algumas informações importantes e alguns deslizes que é importante que os médicos evitem cometer como PJ. Confira!
1. Use o regime tributário correto!
Quando o médico decide fazer a transição da contratação por CLT para a abertura de uma empresa e prestação de serviços como PJ, um dos erros mais comuns é a escolha do regime tributário.
Isso porque, os médicos acreditam que ao escolher a forma de trabalho autônoma, o correto é aderir ao Simples Nacional como regime de tributação.
No entanto, essa pode ser considerada a pior escolha para um médico PJ. Afinal, como autônomo o imposto pago chega da 27,5% sobre o faturamento do profissional, além do acréscimo de 20% de desconto relativo ao INSS.
Assim, antes de começar a transição para PJ, é importante que o médico busque o auxílio de contadores especializados na área da saúde, para compreender a realidade do profissional e a tributação ideal para cada caso.
2. Separe as finanças como PJ: empresa e pessoal
As pequenas empresas costumam cometer esse erro básico, mas que costuma custar caro para a organização financeira do negócio. Portanto, é importante fazer a separação das finanças pessoais do médico com as da empresa do profissional.
Isso porque, quando os recebimentos e gastos são realizados todos a partir de uma única conta do médico, causam a maior desordem financeira. Afinal, sem entender o real faturamento e os caminhos que o dinheiro percorre da entrada até a saída da empresa.
Assim, esse é um dos maiores fracassos das pequenas empresas e autônomos. Por isso, a indicação é que quando os médicos optam pela abertura de empresa e trabalhar como PJ, abram uma conta jurídica para realizar a movimentação financeira.
Então, uma dica valiosa para os médicos ao aderir o PJ é fixar um valor de pró-labore, para que você seja colocado como uma despesa na sua empresa, controlando então os lucros e gastos.
3. Faça a declaração no Dmed
Para médicos proprietários uma clínica, é obrigatória a declaração anual ao Dmed para a Receita Federal. Na Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed), são confirmados os dados da clínica e dos profissionais da área da saúde que atuam para sua empresa.
Os rendimentos devem ser declarados para a Receita a partir desse aplicativo. Com isso, para os médicos que não fazem a declaração da Dmed, a multa pode chegar a R$1500, a cada mês de atraso.
Por isso, a falta dessa declaração pode pesar muito no bolso do médico PJ que sejam proprietários de clínicas médicas. Vale a pena contar com o apoio de um escritório de contabilidade que seja especializado na área da saúde.
4. Lembre-se de fazer a escrituração contábil como PJ
Mais um deslize comum para médicos que se tornam PJ é não apresentar a escrituração contábil. Mas você sabe o que é essa escrituração?
O controle do fluxo de caixa é essencial para garantir a visibilidade sobre as movimentações financeiras a longo prazo. Por isso, a escrituração é o registro de todas as entraras e saídas financeiras realizadas pela empresa.
Esse balanço permite entender como está a saúde econômica da empresa e organizar a estrutura financeira. Além disso, alguns dos benefícios de fazer a escrituração contábil é organizar as finanças, detectar desvios financeiros e entender quais são as despesas fixas e variáveis, entendendo possíveis gargalos do seu negócio.
5. Planeje os contratos com convênios como PJ
Ao se tornar um médico PJ, não desista de firmar contratos de parceria com convênios para atender os pacientes a partir deles. Mas, para isso, as empresas de plano de saúde exigem maior controle financeiro para garantir reembolsos e pagamentos pelas operadoras.
Por isso, antes de firmar os contratos entenda as cláusulas de funcionamento financeiro da parceria. Assim, planeje como será o recebimento desses valores, de acordo com datas de pagamento e prazos predefinidos.
Afinal, é possível que as operadoras de planos de saúde façam o repasse dos valores de atendimentos 30 dias após a consulta. Então, é preciso estar atento para não ficar no vermelho, mesmo com a agenda lotada de pacientes.
6. Guarde os comprovantes de despesas
Como uma empresa, não deixe de manter um arquivo com todos os comprovantes de despesas que você tenha realizado com o seu negócio. Afinal, essa documentação será essencial para a declaração de imposto de renda da empresa, lembrando que é diferente a comprovação para cada regime tributário.
Portanto, para evitar dores de cabeça, além de fazer o registro dos gastos, tenha esses comprovantes arquivados por pelo menos cinco anos após o pagamento.
7. Emita Nota Fiscal
Médico que atua como PJ deve emitir nota fiscal após o atendimento aos seus pacientes. Afinal, não seguir essa regra de uma empresa se caracteriza no crime de sonegação fiscal.
Então, evitar multas ou dores de cabeça, faça a emissão das notas e encaminhe aos pacientes atendidos de forma particular. No atendimento de pacientes conveniados, a nota fiscal é emitida para a operadora do plano de saúde.
Lembre-se que multas e processos por sonegação fiscal podem trazer grandes prejuízos para a sua empresa e para o seu negócio. Portanto, não facilite! Faça as notas e pague o imposto devido pelo trabalho executado da forma que exige a lei.
Portanto, como PJ, é importante seguir as regras e legislações para atuação da empresa para evitar dores de cabeça. Os deslizes que listamos costumam custar caros para os médicos que optam por aderir a um PJ.
Que tal, você médico quer atuar como PJ? Então aproveite para conhecer os nossos serviços na Escritax, somos especializados na área da saúde e estamos preparados para dar o suporte necessário para a sua empresa.