Abrir o seu próprio consultório médico é uma maneira eficiente de tomar o controle da sua prática de medicina. Afinal, a partir dali é você quem comanda sua jornada na área. Por outro lado, esse também é um passo desafiador e, por vezes, um pouco complicado. Temos que admitir.
Logo, para que a sua jornada como empreendedor seja bem-sucedida, você precisa seguir certos passos, como a definição de um plano claro e detalhado de negócios. Além disso, também é necessário entender como resolver a parte burocrática e como conquistar (e manter) pacientes.
Portanto, se você é médico e pretende iniciar um novo negócio, este guia foi feito para você! Permaneça conosco e descubra, de forma simples, tudo o que você precisa para tirar seus planos do papel.
Entenda a diferença entre as categorias de atendimento
A Agência Nacional de Saúde (ANS) possui uma classificação própria para os estabelecimentos médicos. Assim, o primeiro passo para abrir o seu consultório médico é reconhecer em qual destas categorias o seu negócio se encaixa. Detalhe: elas passam de 50.
Entre as principais divisões estão:
Clínica médica popular
Com atendimentos mais simples e foco na população com menor renda, esse tipo de negócio costuma ser fácil de manter. Isso, claro, tanto do ponto de vista físico quanto monetário.
Normalmente, é uma excelente opção para clínicos gerais, com a possibilidade de oferta de consultas rápidas e em maior volume.
Clínica especializada
Neste caso, há um nicho de pacientes. As clínicas especializadas visam atender um público que necessita de cuidados únicos e precisos.
Você pode, por exemplo, ser pediatra e abrir uma clínica com foco em gastroenterologia pediátrica.
Clínica integrada
Tal modelo é constituído por uma sociedade entre profissionais de diferentes especialidades, independentemente de as mesmas estarem (ou não) interligadas.
Mas, qual a importância das categorias na hora de abrir o seu próprio consultório médico?
Simples: quando você sabe a categoria exata na qual o seu consultório se enquadra, fica mais fácil de entender e prever as necessidades do mesmo, principalmente no que diz respeito a impostos.
Logo, tenha em mente que, quanto mais informações você tiver em mãos, mais rápido o processo será.
Tenha um plano de negócios sólido
Se você já se decidiu e entende que abrir o seu próprio consultório médico é a melhor escolha profissional para o seu perfil, é hora de focar no primeiro passo dessa empreitada: criar um plano de negócios.
Mas, atenção! Você deve ser minucioso quanto ao assunto. Afinal, tal plano será seu guia para configurar toda a estrutura física, financeira e de imagem da empresa.
Mas, para que serve um plano de negócios? A princípio, esse é um tipo de documento que tem como objetivo fazer uma projeção de cerca de 3 a 5 anos de toda a sua receita.
Logo, é de extrema importância que ele seja o mais detalhado possível. Para isso, inclua as seguintes informações:
- O detalhamento dos seus serviços;
- O nome da sua empresa;
- A localização do negócio;
- A missão, visão e os valores;
- O resumo das suas metas a curto, médio e longo prazo;
- Seu orçamento, com uma lista de despesas essenciais, possíveis adicionais e investimentos a curto e médio prazo;
- A análise SWOT do seu negócio, ou seja, as principais forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, com base no seu nicho de mercado;
- Uma projeção de renda completa.
Não se esqueça de que as projeções, aliás, podem flutuar com o tempo. O que isso significa? Que os juros de empréstimos podem diminuir ou os custos com suprimentos básicos aumentar, por exemplo.
Decida onde será aberto o seu próprio consultório médico
Um dos primeiros itens citados no plano de negócios é a localização da sua empresa. Nesse caso, há diversos fatores a serem considerados, incluindo a concorrência, a disponibilidade de estacionamento e a facilidade para chegar ao local.
Portanto, na hora de abrir o seu próprio consultório médico, no que diz respeito a estrutura física, é preciso:
- Escolher um lugar que atenda às necessidades dos seus pacientes;
- Negociar os termos de locação;
- Verificar as cláusulas do contrato;
- Providenciar móveis e equipamentos que facilitem a estadia e o acesso, como corrimãos, rampas, entre outros.
Lembre-se que, com o aumento no valor dos planos de saúde, principalmente tratando-se de idosos, a procura por clínicas particulares tende a crescer. Ou seja, você precisa estar preparado para atender esse público com total comodidade e segurança.
Não se esqueça também de planejar sua decoração. Afinal, um local calmo, tranquilo e que oferece conforto faz a diferença.
Comodidades, como uma boa sala de espera, recepcionistas e uma copa, por exemplo, também são pontos positivos. Certo?
Querendo abrir o seu próprio consultório médico? Conheça as exigências legais
Lá no início do artigo, falamos sobre a existência de alguns passos complicados na hora de abrir seu próprio consultório médico. Você se lembra? Bem, é exatamente sobre eles que discutiremos agora.
Sendo assim, para abrir seu negócio na área da saúde é necessário seguir algumas exigências legais, que envolvem registros, alvarás e inúmeras documentações. Ou seja, você perderá um bom tempo com questões burocráticas caso resolva fazer tudo sozinho.
Felizmente, existe a possibilidade de contratar um contador para lhe ajudar nessas questões, o que encurtará o caminho e lhe dará tempo para se dedicar à sua profissão.
Para que você tenha uma ideia, será preciso conseguir:
- Registro na Junta Comercial;
- Inscrição estadual (junto à Receita Estadual);
- Alvará de localização e de licença sanitária (junto à prefeitura);
- Licença de funcionamento;
- Obtenção do CNPJ, através da Receita Federal;
- Registro na Secretaria Estadual da Fazenda;
- Autorização do Corpo de Bombeiros (CBM);
- Enquadramento na entidade sindical patronal na qual o consultório se encaixa;
- Cadastro no sistema Conectividade Social da Caixa Econômica Federal.
Seguindo esse passo a passo, a abertura da sua clínica ocorrerá de forma tranquila e desburocratizada. Assim, você terá tempo para cuidar do que realmente importa: seus pacientes.
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